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Mitos e Verdades em Nutrição Pet

  • Foto do escritor: Bicho Nobre
    Bicho Nobre
  • 23 de jul.
  • 5 min de leitura

Nutrição

Mitos e verdades na nutrição de cães e gatos.

1. O uso de corantes na ração faz mal?

MITO. Os corantes que são adicionados nos alimentos extrusados (ração), são chamados de aditivos. Esses aditivos são responsáveis apenas por conferir cor ao alimento, sem interferir no valor nutricional e na qualidade do produto. Existem três tipos de corantes: natural, artificial alimentar e artificial não alimentar. O corante natural e o artificial alimentar são os dois tipos aprovados para a alimentação pet.

Mas e nos casos de animais alérgicos? Esses corantes podem ser um risco? Animais atópicos ou alérgicos podem desenvolver alergia por quaisquer componentes da ração, sendo a proteína o principal agente de alergias. Dessa forma, a alergia pode não estar associada somente aos corantes.

2. Rações com transgênicos fazem mal?

MITO. Um grão transgênico nada mais é do que um grão que passou por uma seleção genética para ser mais resistente a pragas na lavoura e, consequentemente, receber menos agrotóxicos. Um alimento com grãos transgênicos não é capaz de alterar o DNA do indivíduo que o consome.

Para se ter um grão transgênico é preciso um estudo de 10 anos e a liberação da ANVISA que ateste sua segurança, então os cães e gatos que consomem rações com milho ou soja transgênicos são seguros nutricionalmente.

3. O uso de conservantes pode ser cancerígeno?

DEPENDE. Os conservantes, assim como os corantes, são aditivos alimentares. Esses aditivos têm a função de conservar o alimento evitando a rancidez oxidativa, sem prejudicar o valor nutritivo do alimento. A formação do “ranço” quando uma ração não tem conservante é bastante prejudicial ao pet, pois além de alterar o sabor (palatabilidade) do alimento, prejudicar a qualidade das vitaminas e os óleos e mudar nutricionalmente o valor do alimento, a rancidez pode acarretar a formação de substâncias tóxicas e cancerígenas. Então, todo alimento necessita de conservantes, sendo escolha da fabricante utilizar o natural, o artificial ou ambos.

O que toda empresa de pet food deve levar em consideração ao utilizar os conservantes artificiais BHA e BHT é a dosagem. A ANVISA libera um limite máximo desses conservantes, que deve ser atendido para não ser um potencial cancerígeno. Importante ressaltar que a dosagem inclui toda a somatória dos conservantes que estão nas matérias-primas, como farinhas e óleos, bem como no produto acabado. Vale lembrar que esses tipos de conservantes artificiais também estão presentes na alimentação humana, como por exemplo em maioneses e margarinas, e são alimentos seguros, consumidos diariamente.

4. O sódio é o causador de urólitos em cães e gatos?

MITO. O sódio é um mineral essencial para cães e gatos, sendo sua inclusão na dieta extremamente importante tanto para as reações do organismo como para aumentar a ingestão hídrica, ou seja, estimular o pet a beber água. O sódio sozinho não é o causador dos cálculos (pedras) em cães e gatos.

A principal causa de formação de urólitos é a supersaturação urinária, quando a urina fica muito concentrada com vários minerais ou produtos de formação, sendo um local apropriado para a formação dos urólitos. Há outras causas, como predisposição racial, de sexo, infecções urinárias, alteração no pH da urina e muitas outras. Para saber mais clique aqui.

5. Gatos não aproveitam o carboidrato da ração?

MITO. Embora prefiram utilizar a proteína como fonte primária de energia, sendo considerados carnívoros metabólicos, os gatos conseguem digerir quase 100% dos carboidratos inclusos na dieta, e podem utilizá-los como fonte de energia desde que extrusados corretamente. Os carboidratos precisam estar nas rações pois participam do processo de extrusão, que é quando ocorre a formação do kibble (grão). Portanto, os gatos se beneficiam desse tipo de nutriente na dieta extrusada.

6. Dietas caseiras são melhores que a ração?

 

DEPENDE. A dieta caseira tem grandes benefícios, como conter maior umidade e ser mais palatável, mas precisa ser balanceada adequadamente para cada indivíduo de forma a não ocorrer desequilíbrio nutricional, o que pode acarretar sérias doenças nutricionais. A dieta caseira pode ser uma alternativa para os animais alérgicos, doentes renais ou com problemas hepáticos, por exemplo, e uma alternativa para os tutores que buscam implantar a alimentação mais “natural” na vida dos pets.

É importante ressaltar que essa dieta é financeiramente mais cara que a ração, e demanda uma dedicação maior do tutor. Por isso, ela não é para todos os tutores e nem para todos os animais, pois há cães e gatos que não a aceitam bem. A ração também pode apresentar grandes benefícios, como praticidade, equilíbrio de nutrientes, presença de ingredientes funcionais e variedade de preço, sendo acessível a todos os tutores. Porém, também podem apresentar a desvantagem de ser um alimento com menor umidade e, dependendo da marca e da classificação do produto, podem não atender a todas as exigências nutricionais do pet.

 

7. Os gatos não podem comer ração de cachorro?

VERDADE. Os gatos possuem necessidades nutricionais diferentes dos cães. Precisam em suas dietas consumir teores maiores de proteínas, além de ter a inclusão de aminoácidos essenciais como a Taurina, responsável pela reprodução, pela saúde cardíaca e pela manutenção da visão, sendo um aminoácido que não encontramos habitualmente na alimentação dos cães pois esses são capazes de produzi-lo a partir de outros aminoácidos. Os gatos também precisam de fontes prontas de ácidos graxos, como o ácido araquidônico, para serem utilizados no organismo. Dessa forma, um felino que só se alimente de uma ração destinada aos cães poderá apresentar sérios problemas nutricionais.

8. Cães e gatos podem beber leite?

O leite é um alimento que faz mal ao felino e deve ser sempre evitado

Por fim, um assunto que costuma causar confusão entre os tutores é: cães e gatos podem beber leite? Quando filhotes, nos primeiros meses de vida, gatos e cachorros se alimentam de leite materno para receber os nutrientes necessários para a primeira fase de seu desenvolvimento, além de não terem dentes para poderem comer alimentos sólidos.

Logo após o desmame, o recomendado é oferecer ração úmida e, em seguida, começar a oferta de ração seca. Porém, se durante a fase adulta o animal voltar a se alimentar de leite, é muito provável que ele sofra com diarreia e outros problemas intestinais. Mas há uma explicação para isso. 

Nos primeiros meses de vida, cães e gatos possuem, no intestino, uma enzima chamada lactase. Ela é responsável por fazer a digestão da lactose presente no leite. Porém, com a adição da ração na dieta, essa enzima para de funcionar. Dessa maneira, o organismo do animal perde a capacidade de processar o leite.   

9. A proteína em excesso causa problemas renais?

Não, esse é um outro mito! A concentração de proteínas no alimento para cães e gatos não causa problemas. Lembre-se! O organismo desses animais tem a capacidade de digerir alta concentração de proteínas e gorduras e transformá-las em energia e ganho de massa muscular, o que é essencial para se manterem saudáveis.

Contudo, isso vale para animais de estimação que possuem os rins saudáveis. Se o seu animal de estimação sofrer com doença renal crônica ou hepática, o recomendado é consultar um médico-veterinário de confiança. Apenas o profissional  poderá determinar a quantidade segura de proteína que o seu pet pode consumir por dia.

 

 
 
 

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